quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"A vida não examinada não vale a pena ser vivida."





Ao folhear o jornal Metro na sexta-feira passada, dei por mim a pensar no conceito de inteligência emocional sugerido pelo artigo Novos Cromos, no qual se discutia a mutação constante do conceito de inteligência bem como as ferramentas necessárias para o sucesso dos mais novos.

A noção de inteligência emocional aponta para a necessidade da criança saber reconhecer os diferentes tipos de realidade, saber relacionar-se e tirar partido dos meios de que dispõe.
Segundo Sue Palmer, ex-professora e autora de Toxic Childhood, “podemos chamar a uma criança de ‘inteligente’ se reconhecer a diferença entre o mundo real e o mundo virtual. E isso requer conhecer o conceito de realidade, desenvolvido na infância, que requer interacção com pessoas e coisas reais”.

Num mundo em que somos tomados de assalto por informação ininterrupta e em bruto é efectivamente necessário sabermos escolher, filtrar. Mas é preciso sobretudo sabermos entusiasmarmo-nos com a novidade, com a aprendizagem, com o conhecimento que existe nos mais variados pontos da experiência e cultura humana.

Hoje em dia os bons resultados tornam-se mais acessíveis, não porque somos mais evoluídos mas simplesmente porque algo ou alguém faz o trabalho por nós. Ainda que na escola sejamos obrigados a concentrar-nos mais nos resultados de testes e exames do que a desenvolver consciência crítica ou um pensamento criativo, preocupa-me que estejamos cada vez menos apaixonados e entusiasmados pelo que nos rodeia.

Desde pequena a leitura sempre me fascinou, nunca a tomei como uma tarefa árdua e cansativa. Ler para mim é visitar outras realidades, conhecer outras personagens, descobrir novos mundos.  Encontrei o entusiasmo entre as letras, assim como em museus, viagens e em tantas outras coisas. 

Podem perguntar para que me serviram todos os livros que já li, na prática podem não ter servido para nada (ainda que não acredite minimamente nisso) mas sem dúvida serviram para me tornar uma pessoa mais rica e mais preenchida. Mais conectada a tudo o que se passa neste pequeno planeta terra e só por isso já valeu a pena.

Não valerá a pena entusiasmarmo-nos outra vez?

xoxo.

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